domingo, 24 de abril de 2011

Até.

Quando é a hora certa de dizer adeus a uma grande amizade? Isso, acho que nunca vou saber. Eu as vejo esvair pela porta entreaberta, e algumas voltam de vez em quanto para um téco de prosa. Contam como vão, dizem que sentem saudade. Eu me pergunto saudade do que afinal? Se a minha amizade lhes tinha valor, por que decidiram me deixar, a chorar rios de lágrimas contidas no próprio travesseiro. Asfixiando-me.
Sou dramática, sim, a deveras. Mas hoje eu escondo tudo desenhando nos lábios um sorriso fake, coberto de batom vermelho. Nem sei se falar resolve mais... Só lhes aviso, vou partir.

Se for pra ser amiga só pela metade, eu prefiro não ser amiga de ninguém. E meu caros, eu estou cansada de ter de conquistar pessoas a sua volta (EU! Logo eu, tão anti-social) pra conseguir ter o pouco de vocês perto de mim. Se a solidão é o preço de ser sincera com os outros, e comigo mesma, então que assim seja.

Hoje sei que não estou sozinha, quem sabe amanhã... Mas tenho certeza, que pela minha vida passarão muitas pessoas, espero, e se eu vir a ser importante a algumas delas, que me tratem com mais consideração do que a que recebo de vocês.

Estarei de portas abertas (e não entreabertas), para que se por acaso um dia voltarem, que voltem por inteiro.

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