Cadê o amor que estava aqui?

Eu passei tanto tempo tentando encontrá-lo novamente, revirando baús com paixonites antigas, DVDs de comédia romântica e livros de água com açúcar. Mas só agora, venho pensando o quanto o estou evitando.

O medo e as feridas talvez sejam maiores que a vontade amar de novo, e provoquem as lágrimas que escorrem dos meus olhos novamente. Sou covarde, eu sei, mas creio que tenho meus motivos.

A verdade, é que não sei amar pela metade, assim como não faço pela metade todas as outras coisas da minha vida. Sei que muitos não vão ser pra sempre, e todas as coisas boas tem um fim, mas não suporto a idéia de amar o vazio outra vez.

Amar por amar, sem receber, só doar, só machucar. Amar pra mentir pra si mesma que tem um amor, quando na verdade amor é fruto de duas pessoas, e não de uma só.

Eu sei que pode ser diferente, mas eu não to preparada pra arriscar de novo. Talvez com o tempo, muita paciência, pensamente positivo e mertiolate...

Eu que julguei tanto a solidão, agora vejo o quanto ainda necessito dela. Necessito de por a cabeça em ordem, em diminuir ainda mais minhas expectativas e finalmente por os pés no chão.

E toda essa frieza é um esconderijo pra não derrubar minha carência em uma pessoa só, de novo.