quinta-feira, 21 de julho de 2011

Freud poderia me entender


E só ele, acredite.

Até um tempo atrás eu costumava pedir conselhos. Às vezes, eu os recebia de graça, mas esses não passavam pelo filtro de sabedoria. Vovó dizia que todo bom conselho tem um preço, e conseqüentemente o preço era fazer cara de cachorro abandonado e implorar “Me dê uma luz.” No final, eu acabava optando pelo túnel escuro mesmo.

Maldita síndrome de chapeuzinho vermelho, mas... Fazer o que. Teimosia não é coisa que 17 anos com alguns traumas possam curar. No meu caso aparenta ser crônico. Eu nunca me sentia “”autentica”” o suficiente seguindo o que “fulano faria no meu lugar”. Por que... Ele nunca estaria no meu lugar. E sinceramente eu só começava a seguir os benditos conselhos quando me ferrava legal, com o que quer que fosse.

Sempre escolhi meus próprios brinquedos e minha mãe parou de me vestir com 10 anos. Hoje em dia ela se contenta em xingar o que visto, mas saiba que isso tem um delicioso sabor de independência. Um pouco frustrante é pensar que poucas pessoas conseguem entender o modo como vejo a vida. Às vezes acho que penso demais, outras que deveria pensar mais ainda. A verdade é que eu realmente só faço o que quero. E isso tem até um lado bom.

Levantei do divã pra encarar o verdadeiro manicômio que a vida é. Feliz ou infelizmente, psicologia não consegue ler a alma de todas as pessoas do mundo, até porque alma nunca foi algo estável. Não sei qual dos filósofos ou sociólogos disse isso, Max Weber talvez... Seja quem for, e seja quem você for “Somos todos (voluntária ou involuntariamente) fruto do nosso meio”. E a única certeza que tenho na vida, é que no final, todo mundo tem um pequeno distúrbio psiquiátrico.

Depressão, esquizofrenia, TOC... Ou todos eles. Palmas pra quem consegue atuar tão bem a ponto de parecer normal.

Um comentário:

  1. nos vemos a vida de uma maneira igual, rs
    minha mae tbm ama chingar minhas roupas, e eu nunca sigo conselhos tbm

    http://dezesseisamargos.blogspot.com/

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