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terça-feira, 26 de agosto de 2014

A Viúva Negra e o tal do amor próprio


"Sou uma pessoa que sempre defendeu publicamente uma imagem de corpo saudável, e é ridículo a mídia afirmar que perdi uma quantidade de peso impossível com algum tipo de "dieta de choque" ou exercícios milagrosos. Acredito que é negligente e perigoso essas publicações venderem a história de que são maneiras aceitáveis de parecer uma "estrela de cinema".  
[...] O conceito de "As estrelas são exatamente como nós" nos faz sentirmos conectados com estilos de vida que às vezes podem parecer de outro mundo. Sim, as celebridades são exatamente como nós. Elas lutam com demônios e superam obstáculos e têm hábitos incômodos e lutam com vícios. Dito isso, eu ficaria absolutamente mortificada ao descobrir que alguma garota de 15 anos em Kansas City leu um desses "artigos" e decidiu ficar sem comer durante algumas semanas para ser igual a Scarlett Johansson." (Fonte)
Gosto muito da Scarlett desde Vicki, Cristina, Barcelona. Admito que minha afeição é mais pela personagem (com a qual me identifico bastante psicologicamente), contudo, é muito difícil não se encantar com sua interprete, devido a áurea de doçura espontânea que ela possuí.

  Se seu depoimento é sincero ou uma mera estratégia para lhe atribuir uma imagem humanista, não sei, e sinceramente, não me importa. Eu simplesmente adoro quando celebridades assumem seu lado humano, rejeitando o título de Deuses com o qual a mídia insiste em os consagrar.

  Faço Publicidade e Propaganda, com foco em criação, e sei o quanto essa área pode ser maliciosa a ponto de criar um padrão quase inatingível de beleza, se o objetivo é vender um produto. Não adianta tentar negar o lado negro da força.

  Ele existe, nos slogans de cereais que prometem te secar em 7 dias, nos cremes anti-rugas, nos comerciais cantando o quanto você é bonita mas pode ficar ainda mais com nossos cosméticos, em certas revistas que dizem que você não pode usar determinado peça de roupa, não combina com seu corpo, não importa o quão poderosa e feliz você se sinta. Está principalmente nas modelos super photoshopadas estampando “revistas de saúde”.

  Não faço um anti-ode à beleza, academias, reeducação alimentar, hábitos saudáveis...Faço sim, mais um dos muitos manifestos contra a ditadura de uma beleza inatingível, uma beleza cruel, sustentada por mentiras,que leva pessoas à morte, arranca lágrimas, impede muita gente de ser feliz.

  Sou totalmente a favor de mudanças, mas se for para mudar, que seja por você, para você, e não para se igualar a parâmetros utópicos criados por uma parcela da sociedade que ainda tem muito que amadurecer.

  Ame seu corpo, suas imperfeições, seus sentimentos. Ame principalmente o direito de ser o que você é.