quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Entre Libélulas e Pirilampos.


Pequenos pirilampos flutuavam sobre minha cabeça.
Seus olhos, como topázio, cintilavam, sorrindo pra mim, até mais que os pirilampos.
E sobre nós, um concha bordada de estrelas reluzentes no veludo do céu de inverno, frio e vazio, sombrio pela falta de luz do luar, alegre apenas pelos pequenos pontos de luz estrelar.
Seus dedos longos, enrolados na minha mão pequena, tão juntas, nossas mãos, pareciam uma só. Podia sentir o cheiro amiscarado do seu cabelo curto, tão macio e dourado, como o topázio de seus olhos.
As vezes, soltava-se de minhas mãos, para acompanhar no papel, os pequenos traços das libélulas que zumbiam, nos rondando.
Machava-me de carvão, enquanto eu adormecia em seus braços, esperando acordar para um amanhã, enrolada em um edredom gelado, sem pirilampos, sem libélulas, sem você.

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