Amor ou não? Eis a questão

Não sei se Hamlet aprovaria a releitura dessa frase, e creio de Shaskepeare poderia até se coçar um pouco no túmulo. Ou não, afinal ele viveu a vida inteira pelo amor.

Amor, amor, amor. Até os mais frios desejam um dia encontrá-lo. E são justamente eles, que o encontram com mais facilidade. Sem expectativas, acham algo que os surpreenda, ou se conformam com o que a vida lhe dá.

Faz algum tempo que não escrevo sobre amor, mas O Casamento Real fez-me despertar a vontade de citá-lo no blog novamente.

Hoje eu não parei para assistir todo o casamento como faria, há algum tempo atrás. Limitei-me a assistir a reportagem com o resumo no jornal nacional, e dar uma leve pesquisada pra não ficar de fora da “História de Amor do nosso século”. Do nosso século?

O amor está em todos os lugares, hoje em dia então... Nem se fala! Mas é preciso toda pomba, circunstancia e rococó britânico pra que alguém preste atenção nele. É preciso 1,6 mil pessoas dentro de um castelo, é preciso que se gaste 55 mil só na segurança do evento. E é preciso toda essa atmosfera de contos de fada, para que ele seja lembrado.

Ninguém sabe se eles se amam de verdade, se tudo o que dizem que aconteceu com eles realmente aconteceu, se vão ter um “felizes para todo sempre” como é de se esperar em todo casamento real. Tomando toda atenção está à decoração, o coral, os chapéus, os terninhos e vossa majestade. Quem iria reparar no sorriso abobado de Willian ao ver a noiva entrar na Igreja? Creio que a maioria, não.

Mas ele está lá, o amor está lá. Discreto com o “You’re beautiful” que Willian disse a noiva, como a própria Kath e como o “sim” que ela selou o matrimônio.

Como milhares de “sim” que estão sendo ditos nesse momento.


Corra para as colinas Harry, corra!