domingo, 24 de julho de 2011

Cocaine Girl

Nota: Quero que fique bem claro, que não faço apologia a nenhum tipo de droga. Acho que não há justificativas significativas para o sofrimento causado a família e a própria vítima do consumo de ilícitos. Assim como não concordo com o fundamento epic fail de que todo artista tem de ser um bom exemplo "moral" para sociedade. O título dessa postagem remete a uma canção do Hole (banda cuja vocalista era Courtney Love, esposa de Kurt Cobain, vocalista do Nirvana).

Lições que você aprende em filmes fúteis, tais como “Na trilha da fama”. Aos trezes anos, época em que eu idolatrava a Hilary Duff (confesso que ainda escuto e gosto de algumas músicas dela, rs) assisti a esse filme água com açúcar+ musiquinhas chiclete que viram hit na cabeça dos pré-adolescentes da época. Era eu uma dessas pré-adolescentes, e na minha inocência divaguei muito sobre um diálogo que a personagem de Duff teve com seu professor de música, em que ele dizia que “artistas sentiam suas emoções de forma mais intensa” e citava Van Gogh como exemplo. Justiça seja feita: ele estava absurdamente certo.

Se o envolvimento com drogas e outros tipos de distúrbio se tornaram uma injeção anestésica para os grandes gênios dessa e de outras gerações, ou se foram apenas matéria prima para tablóides, nós nunca saberemos ao certo. Contudo, me arrisco ao afirmar que não é de hoje que o cenário pop é alimentado principalmente por grandes escândalos, cujos produtores e jornalistas da imprensa marrom lucram bilhões em cima do definhamento alheio. A grande maioria gosta mesmo é de ver o circo pegar fogo, e se quem acendeu a chama tiver talento, melhor ainda.

Amy não foi a primeira, e infelizmente não será a ultima a ser devorada pelas drogas. Deixou muita coisa além do seu “mau exemplo”. Para milhares de pessoas mostrou que é sim, ainda é possível sim, fazer música de qualidade sem remix e efeitos de estúdio, música com sentimento. Um sentimentalismo extremista que invade o coração, até dos que não idolatravam a britânica (que é o meu caso) mas que compartilham a mesma sensação de perder algo realmente bom, como alguma virtude infantil. Coisa de fã mesmo.

Sentimentalismo extremista que foi extravasado em forma de música, pintura ou literatura, e que infelizmente não possuíram culhões suficientes pra saciar essa, e outras almas carregadas de emoção. Junte isso ao fato do mundo todo fotografar cada deslize e estampá-lo em capas de revista, sabendo que milhares de anônimos comentem ou cometeram os mesmos erros que “aquela jovem cantora”.

Triste mesmo é saber que não só Amy, mas Kurt, Sid, Jim e até Michael serão relembrados pela maioria como “talentosos com morte trágica”. Mas ainda bem que como eles, ainda existem exceções.

4 comentários:

  1. Gostei do final, sobreo que disse. "Talentosos com morte trágica." Parabéns seu blog, o layout está muito fofo. Sucesso, linda! :)

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  2. Todos os nossos talentos verdadeiros, sejam eles nacionais ou internacionais, morrerram cedo demais. Beijo

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  3. Ás vezes me dá o sentimento de que se fosse diferente, não seria ela, a Amy. Lamentável a perda dela.

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  4. Eu adoro a Courtney love *o* rs enfim, finalmente alguem lembrou da morte do Sid, vi muita gente citando outros artistas q morreram aos 27 mas nao citou ele q morreu aos 21, enfim.. a Amy era realmente talentosa, eu nao era de escutar as suas musicas mas sempre a admirei muito e vi pessoas ''felizes'' com sua morte, mas eu duvido que essas pessoas pegaram uma musica dela pra escutar e ver a letra.

    http://dezesseisamargos.blogspot.com/

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