domingo, 1 de setembro de 2013

The first roc(k)ocó star

Um dos itens analisados na última aula de Criação Visual que tive foi a capa do filme sobre um dos ícones mais polêmicos da monarquia francesa: Maria Antonieta. A menção da trama despertou em mim a intenção de revê-la, que a muito tempo rondava minha check-list ~pseudo cinéfila~.  

A sensação que me tomou após revê-lo, nesse sábado, confirmou uma teoria pessoal de que é possível se apaixonar por um filme para o qual não dei tanta credibilidade no passado. Minha má impressão anterior talvez se fundamente nas expectativas infladas que nutri pela obra, ou na minha implicância – completamente sem fundamento – para com sua produtora, Coppolina, hoje uma de minhas diretoras favoritas. Além do mais, a primeira vista não pude perceber a outras facetas da “madona do sec. XVIII”, ausentes nos livros de história.


O filme é doce, como uma cobertura de glacê sobre um bolo açucarado. Contrastando a fotografia ora cinzenta, ora amarelada, com as tonalidades marcantes de tons pastel que cobrem os figurinos, os cenários e até os atores, carregados de pó de arroz, rendas e perucas exageradas. Foi justamente esse exagero de delicadezas, quase infantis, que compõem o plano visual do filme, o que outrora fez a singular proposta do roteiro passar despercebida por mim.

Sofia Coppola, muito provavelmente, buscava evidenciar o lado natural da imaturidade de Maria Antonieta. Pois imaturidade é algo previsível para uma adolescente. O que não é previsível é entregar a responsabilidade de reger um país nas mãos de dois adolescentes despreparados para a assumir.

Isolando-se em uma atmosfera de sonho, financiada por impostos e construída por caprichos, Maria Antonieta buscava fugir não só da missão para qual não estava preparada, mas também daquele ambiente sufocado por picuinhas, formalidades e exigências fúteis de Versalles. Se fecharmos os olhos para o contexto histórico onde a monarca esteve incluída, não só enxergar, como nos comover, com uma jovem sim, irresponsável, mas também oprimida por pressões políticas e rococós.

A fragilidade das ações de Kirsten Durst, atrilha sonora recheada de um rock’n’ alternativo e a ambientação remetente a um conto de fadas, só foram as estratégias audiovisuais utilizadas por Coppolina para construir este novo panorama de uma mulher que influenciou costumes e decisões, como uma estrela pop.

13 comentários:

  1. Essa Kirten é uma linda *O* parece ser lindo esse filme, deu vontade de assisti-lo ♥

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  2. Eu nunca vi esse filme, me sinto boba por isso.
    Me lembrou Orgulho e preconceito, que eu AMO.
    Adoro esse cenário.

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  3. Acho que quando esse meu último período acabar, vou entrar aqui e fazer uma lista de livros que tenho que ler e filmes que tenho que assistir, porque as coisas só vão acumulando, haha

    www.meninaencanada.com

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  4. Você me fez ficar ainda mais com vontade de ver este filme ^^

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  5. Filme é ótimo.. e ela é linda *-*

    http://biancaconde.blogspot.com.br

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  6. Uma ótima análise de um dos filmes que adoro!

    abraços!

    http://princessandfashion.wordpress.com

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  7. Minha história com esse filme acaba em frustração, sempre tinha ouvido falar bem dele, altas críticas positivas, 5 estrelas etc. O figurino (Oscar mais que merecido) e a fotografia, não há como negar, são de encher os olhos, morrer de amores, mas acho que o roteiro poderia ser mais trabalhado, tive vontade de dormir assistindo, não nego, pra mim, naquele momento, foi muito monótono, acho que me iludi (interpretei de forma errada, não sei) bastante com o "viver como uma estrela do Rock" que tem na capa, acho que sugere muito mais do que o filme propôs, pra mim foi algo plasticamente bonito, que tinha tudo pra ser do caramba, mas se perdeu no meio do caminho. Essa coisa da pressão que essa criatura vive é realmente de agoniar, eis uma coisa da qual me lembro claramente, quão irritada fiquei com essa galera se metendo em praticamente tudo na vida da moça.
    Também sou adepta a essa teoria pessoal, inclusive já aconteceu com 500 Dias Com Ela, da primeira vez achei triste, da segunda, tempos depois, não só amei como favoritei, o momento favoreceu, me vi muito na estória etc. Quem sabe Maria Antonieta não me conquista da segunda vez né?

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  8. Esse é um dos filmes que está na minha lista pra finalmente assistir. Minha correria diária não me dá muito tempo, mas eu preciso arranjar. Com essa sua resenha mágica, me deu vontade de baixar agora :(
    E te respondendo, eu fico megafeliz de a gente interagir. Eu tenho um blog desde os 14 anos, e a blogosfera era megalegal. No fim da faculdade, fiquei longe dos blogs, e agora que voltei, tá tudo TÃO mudado. 90% dos blogs são fúteis e achar um original e bacana como o seu é um milagre! Vou te linkar no meu blogroll! *-*

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  9. eu adooorooo esse filme. Confesso q a primeira vez q o viu fiquei meio "han?", mas eu era novinha na época e ainda nao tinha um conhecimento de história, nem paixão por filmes como tenho agora. Tenho q dizer q depois q estudei Revolução Francesa eu passei a amar esse filme kkkk :DD

    xx
    http://gipsyyy.blogspot.com.br/

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  10. Pense num filme que está há anos na minha lista de "Quero Ver" e não dou um jeito nisso. Depois da sua resenha então, quero ver logo.

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  11. Eu gosto! Assisti só pela capa e ameu o filme mesmo.
    Passando para desejar um dia lindo.
    Beijo grande.
    yarasousa.blogspot.com.br/
    loja do blog andancastore.loja2.com.br/
    Muitas novidades!

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  12. Esse filme é tão citado nos blogs que me sinto culpada por ainda não tê-lo visto. u.u
    E você falou muito bem dele...ora de ir atrás...

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  13. Eu ainda não vi esse filme.
    Despertou minha curiosidade. Você descreveu bem pra quem quer manifestar interesse nas outras pessoas.
    Parabéns.
    Estou seguindo.
    Quando der, aparece no blog.
    http://www.borboletra.com/

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