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segunda-feira, 28 de julho de 2014

A musa dos loucos poetas ou...

Versos desconexos de um poema rabiscados em cadernos antigos ou algo tão clichê e brega quanto isso.

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Ela é a musa do poeta louco
Perdido no deserto
Seus ombros estão nus
Mas seus lábios cobertos

De cor de carmin, é o tom de seu
vermelho batom
De segunda mão, seus sapatos de cetim
De destino incerto
é seu fim ,

Procura por um cavalheiro
sem nome, rosto ou qualquer outro meio
De identificação

Quer nele dar um beijo no rosto,
outro nos lábios, nos olhos

E por fim, dentro do bolso de sua jaqueta

Por seu coração.

Imagem


domingo, 22 de abril de 2012

Tributo às memórias de Lemony Snicket


O que também poderia ser intitulado como “Um poema inspirado nos infortúnios dos órfãos Baudelaire”

Lá vão eles
Enquanto transcrevo estas memórias
Os órfãos Baudelaire
Pra um destino incerto,
Vivenciando novas histórias
Com um final infeliz certo

Lá vão eles
Klaus, Sunny e Violet
Aonde viverão? Com quem irão parar?
Eu não sei, eles também não
Mas das poucas certezas que se tem
É de que por pouco tempo vão ficar

Por que ninguém acredita?
Nas verdades que insistem contar!
Por que todos desdenham?
Da sua capacidade de obviedades enxergar!
Que a maioria dos célebres adultos
Deixa por debaixo do nariz ficar

E enquanto isso Olaf continua,
Ambicionando arrebatar dos Orfãos
Sua grande fortuna
E Poe? Sempre a tossir e se atrapalhar!
E os pobres Baudelaire, correndo e fugindo
Violet, Klaus e Sunny
A procura de um novo lar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Amor Outono/Inverno

Faz algum tempo, que fui indicada ao meme 11 perguntas pela Andréia, e peço a ela perdão por adiá-lo para próxima postagem. Novamente. No entanto, esse poema me veio ontem na van, de forma tão espontânea e prazerosa como a muito tempo não escrevia, criando a necessidade de postá-lo o mais rápido possível. Antes que o encantamento esfrie.

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Amor Outono/Inverno

Quando o sol cede ao solstício
Suas últimas semanas de verão
Criando então, com o sereno da madrugada,
Neblina e uma teia de gotinhas
Que amanhece pontilhada
Sobre minha roseira

Estou à beira, da janela,
De corpo e alma, bem-vinda
Aquele amor de inverno
Que com blusa de moletom
Ou suéter de abraço terno
Vem me aquecer

Abraça-me em madrugadas de encantamento
Infinitas, pra um curto tempo
Fazendo-me esquecer de tudo
Livrando-me de todos meus tormentos

Pra desaparecer, com a primeira brisa de primavera
Que querendo esquentar, faz descaso,
Do meu frágil amor outono-inverno
Faz-me esquecer

Acho Gere e Winona uma doçura.

domingo, 4 de setembro de 2011

Não cresce, por favor...


Hoje vejo que não o amo como antes.
O encanto sumiu, ao decorrer dos anos
Ao diminuir de sua inocência
Ao aumentar da incoerência de seus atos
Antes prematuros, hoje, cruelmente elaborados

Já não vejo mais o brilho de suas palavras
Nem o charme de suas atitudes precipitadas
Nem o frescor de seus erros
De uma ignorância adoravelmente aceita
Por um coração que cresceu ao conhece-lo

Parece-me tão forçado agora
O brilho sedutor que outrora
Enchia meus olhos de calor
De um menino moço
Transformou-se em mais um conquistador

Será que cresci contigo?
Sei que faço o possível,
pra guardar nem que seja um pedaço
Daquela ninfa sonhadora
Que sumiu contigo no espaço

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Crônica da Bela Adormecida Moderna

Quem é a menina que aponta lá na ponta da esquina? Pé torto, passo a passo ela trilha um descompasso caminhar. Ela não quer voltar, ela não quer seguir, ela só quer andar. Andando, porque só andando ela cria forças pra não parar. Porque amar é mais fácil que odiar, porque sorrir é mais fácil que chorar, porque andando é que se pode continuar, sem parar. Sem nunca estagnar.
Quem foi que disse que é bom sonhar? Quem foi que nunca deu-se ao trabalho de a avisar? Quem foi que com um beijo a fez despertar? Quem foi que disse a ele, que era hora de a acordar? Por que ele não consegue se segurar?
E o “beija-flor” foi procurar um novo amor, despencou da torre levando os sonhos da menina. Então ela anda, anda, anda procurando, recolhendo seus sonhos em cada nova esquina.